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Bolsonarista ‘raiz’ vai chefiar Direitos Humanos na ALMT

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Entidades da comunidade LGBTQIA+ criticaram a escolha do deputado Gilberto Cattani (PL) para presidir a Comissão de Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa (ALMT). De acordo com os ativistas, a liderança do parlamentar, que é considerado conservador, será prejudicial na luta por igualdade da classe. Cattani, por sua vez, garante que trabalhará com isenção e que os projetos serão analisados sem a questão ideológica.

Além de Cattani na presidência, a comissão terá Thiago Silva (MDB), que é pastor e também considerado conservador, na vice-presidência. Max Russi (PSB), Lúdio Cabral (PT) e Sebastião Rezende (União) completam o grupo de trabalho. Este último é pastor e tem ideias conservadoristas.

Um dos representantes da causa LGBTQIA+, Clóvis Arantes, afirma que a presença de Cattani na comissão é contraditória, pois, segundo ele, o parlamentar é contrário às causas dos direitos humanos. Para o ativista, nomeações como essa atrapalham a luta por um Estado mais igualitário.

“A nomeação de Cattani para presidir a comissão é uma contradição, porque ele já deixou claro que não defende as causas das minorias. E eu não estou me referindo só à comunidade LGBTQIA+, mas como também as mulheres, os negros, cidadãos de ruas. Com essas nomeações são emperrados todos os processos de avanço da luta”, criticou Clóvis.

O presidente do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual de Cuiabá, Valdomiro Arruda, também fez críticas ao grupo de trabalho. “São sempre as mesmas pessoas. Essas escolhas são ruins para causa, para luta. Com certeza, é um retrocesso para nós que buscamos os nossos direitos”, afirmou.

Gilberto Cattani garantiu total imparcialidade na análise dos projetos. Ao jornal A Gazeta, ele explicou que os pareceres serão feitos conforme os integrantes da comissão entenderem.

“Os projetos que chegarem à comissão serão analisados de maneira isenta. Uma das ideias é de que a comissão não seja usada ideologicamente nem por A e nem por B. Vamos trabalhar com a isenção. Esse é o nosso foco. A minha vontade não é a vontade da comissão. Todo projeto será analisado tecnicamente. O que a comissão decidir vai à votação”, prometeu.

Fonte: Gazeta Digital

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