Mesmo que por motivos de saúde, a ausência do senador Wellington Fagundes (PL) no debate da TV Vila Real nesta quinta (15) poderá ser sentida como um “soco no estômago” pelo candidato. Pelo menos é o que esperam os adversários, que saíram do confronto certos de que os questionamentos não respondidos pelo senador surtirão efeitos no eleitorado mato-grossense, fazendo-os repensar os votos.
Wellington, no momento, lidera as pesquisas de intenção de votos com folga. Neri Geller (PP), o segundo colocado nas pesquisas, afirma que agora é hora de virar o jogo. Desde que conseguiu o registro de sua candidatura, o progressista promete colocar o bloco na rua e mostrar força. “Eu respondi todas as perguntas que me foram feitas e questionei o adversário fujão, que não tem coragem de vir explicar as denúncias que lhe são apontadas”, discorreu Neri.
Kássio Coelho (Patriota) e Feliciano Azuaga (Novo) preveem “surpresas” até o dia 2 de outubro, dia
da votação. Ambos viram no debate uma oportunidade de serem conhecidos, uma vez que possuem
pouco tempo de tv e rádio e estrutura mínima de campanha.
A falta de Wellington foi justificada com a apresentação de um atestado médico, por conta de uma crise de diverticulite, uma doença marcada pela inflamação na parede interna do intestino. Em agosto, ele chegou a ficar internado em Várzea Grande, no hospital Santa Rita. Dessa vez, o senador cancelou a participação em compromissos de campanha no interior de Mato Grosso na sexta e no fim de semana. Ele será substituído pela segunda suplente, Rosana Martinelli (PL).
“Lamentamos a falta desse candidato. Esse é o momento que o eleitor escolhe os seus candidatos. A pessoa que já se tem como eleito pode ter uma surpresa. Quem vai decidir no final é o eleitor. É nessa reta final. O candidato que faltou, perdeu essa oportunidade”, avaliou José Roberto, candidato ao Senado do Psol. No debate, ele dirigiu uma pergunta a Wellington sobre o orçamento secreto, ou emenda de relator, no Congresso.
“Wellington foi quem perdeu neste debate. Espero que ele recupere sua saúde e que isso não seja nada desleal para não participar do debate”, disse o vereador por Cuiabá, Kássio Coelho. “Teríamos que perguntar para ele se estivesse aí. Falamos da questão do suplente dele que não teve oportunidade de assumir”.
O candidato ainda demonstrou descrédito com as pesquisas eleitorais, porque foi eleito vereador sem aparecer em pesquisas. “Meu público é outro”, explica. Ele mira o eleitor conservador e cristão da Baixada Cuiabana.
“Não foi combinado. Ele acabou não comparecendo, arrumou um problema de última hora. Mas
ele acabou virando o alvo porque é o atual senador e as maiores cobranças seriam sobre ele, sobre os
gargalos do estado Foi uma estratégia individual de cada candidato e automática, por isso ele acabou
fugindo”, disse Feliciano.
Ele acredita que, na reta final, as redes sociais vão colaborar com o crescimento do seu nome.
“Por enquanto os eleitores estão muito focados na eleição presidencial, nos últimos dias é que vão
decidir senadores e outros cargos”, diz.
Fonte: RDNews
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