Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o desembargador Carlos Alberto da Rocha classificou como “reprováveis” as declarações do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal.
O ex-deputado xingou a ministra e a comparou a “prostitutas arrombadas” e “vagabundas” em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais.
“Isso é reprovável. Independente se fosse a Carmen Lúcia, ou outro ministro, é reprovável. Seja em qualquer situação. Não dá nem para comentarmos uma atitude daquelas, tomada por uma pessoa que já exerceu cargo legislativo. Uma pessoa pública. É um comunicador”, disse o desembargador.
Rocha relembrou que Roberto Jefferson já atuou como apresentador de TV no início dos anos 1980, antes de assumir mandatos na política. Ele era integrante do programa “Povo na TV”, da antiga TVS, hoje SBT.
“Os mais novos talvez não lembrem, mas ele foi um dos precursores do Povo na TV, da TVS. É uma pessoa que tem uma larga experiência. Eu não gosto nem de comentar isso, porque é dar voz a algo tão absurdo”.
“Uma coisa é criticar uma decisão. Agora… Não da nem para classificar o que ele fez”, disse indignado.
Por conta dos xingamentos, Jefferson – que já estava em prisão domiciliar – teve mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, no domingo (23).
Segundo Moraes, ele descumpriu medidas impostas pelo Supremo dentro de uma ação penal em que ele é réu por incitação ao crime e ataque a instituições.
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