A manifestação deste domingo na Avenida Paulista, convocada por Jair Bolsonaro (PL) em meio a investigações da Polícia Federal (PF) sobre supostas investidas golpistas, contou com o maior número de apoiadores do ex-presidente desde as eleições de 2022. O número é significativo, tendo em vista que o cenário atual para a direita no Brasil é desfavorável, se comparado ao vivenciado nas manifestações no período em que o ex-presidente comandava o Palácio do Planalto.
Os 185 mil manifestantes que foram à Paulista neste domingo superaram o ato pelo Dia da Independência na Praia de Copabacana, no Rio, em setembro de 2022, quando foram contabilizados 64,6 mil presentes. Para representantes da direita, o número é um indicativo de que, mesmo com todos os episódios recentes envolvendo o ex-presidente, Bolsonaro continua sendo a liderança mais expressiva do conservadorismo no Brasil.
Mesmo inelegível até 2030 e investigado por crime de golpe de Estado, Bolsonaro tem um forte domínio na direita e seu nome deverá impactar significativamente nas eleições municipais deste ano, principalmente em Mato Grosso. Um exemplo disso é o fato de que o PL, no estado, esteve representado no ato por vários parlamentares.
Entre os representantes do PL que foram para a Avenida Paulista, no domingo (25), estão os deputados federais José Medeiros, Abílio Brunini, Coronel Fernanda e Amália Barros, além dos deputados estaduais Claudio Ferreira e Gilberto Cattani. Outros expoentes da direita conservadora em Mato Grosso também estiveram presentes na manifestação.
Lideranças do PL em Mato Grosso planejam eleger cerca de 40 prefeitos no estado, o que demonstra a força da direita na terra do agro. O sucesso da manifestação também é uma ‘ducha de água fria’ na esquerda nacional, que acreditava num possível fracasso dos atos. O grande desafio, agora, é capitalizar o ‘bolsonarismo’ e tirar a imagem de ‘golpista’ de seus apoiadores, colocando o grupo como um oponente a altura dos defensores do ‘lulo-petismo’.
Leave a Reply