A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizará na próxima quinta-feira (7), no seu Salão Negro, o lançamento e uma sessão de autógrafos do livro Cidades Invisíveis – Parte 1, de autoria da escritora e pesquisadora italiana Margherita Detomas. Na obra, ela explora os mistérios das expedições de Percy Fawcett pela Amazônia, oferecendo uma visão instigante e profunda sobre a região e compartilhando sua interpretação do enigmático desaparecimento do explorador, ocorrido em 1925.
O coronel Percy Harrison Fawcett foi um arqueólogo e explorador britânico que desapareceu ao organizar uma expedição para procurar por uma civilização perdida na Serra do Roncador, na região do Xingu, em Mato Grosso. Ele era cartógrafo da realeza e sumiu juntamente com seu filho, Jack Fawcett, e um amigo, chamado Raleigh Rimmell, durante uma expedição em busca de uma cidade perdida, a qual ele tinha chamado de “Z”.
Na história detalhada que levou Fawcett a embarcar na exploração que foi fatal para ele, Margherita Detomas foi capaz de criar o mistério e as expectativas que o homem, antes mesmo do explorador, começou a nutrir. O ambiente intelectual de onde veio o arqueólogo, embora misturado com os espíritos saudáveis e robustos do exército britânico, fez dele um predestinado natural.
A história do explorador britânico ainda representa um dos enigmas mais fascinantes da América do Sul, um dos mistérios mais intrigantes da pesquisa arqueológica moderna. Desde 1925, ano de seu desaparecimento, no interior de Mato Grosso, muitos pesquisadores tentam delinear sua vida aventureira, que se tornou lendária.
Margherita Detomas primeiro reconstruiu a história através dos jornais da época e através dos relatos de livros, artigos, filmes e documentários que se sucedem desde aquele distante 1925. Esse aspecto por si só restaura a clareza e a verdade sobre o curso dos acontecimentos. A autora faz ainda mais: depois de conhecer o sobrinho-neto de Fawcett, Timothy Paterson, por uma reviravolta do destino, ela partiu para explorar o Mato Grosso, em uma série de viagens que duraram cerca de 28 anos.
Graças a esses levantamentos de campo, foi capaz de reescrever as coordenadas dos últimos movimentos, com localizações diferentes das agora consideradas “históricas”. Além disso, restaurou toda a dimensão sagrada da pesquisa do explorador britânico: além de narrar o precioso Manuscrito nº 512, Detomas refez os mitos ancestrais, também com base nas descobertas arqueológicas mais recentes.
Todas essas características fazem do livro não apenas um belo e extremamente valioso ensaio do ponto de vista da informação e da divulgação, mas contribuem para uma operação cultural que, para o escritor, talvez seja o maior escopo do volume: abrir as portas do Mato Grosso para a pesquisa acadêmica e, portanto, para a arqueologia propriamente dita.
“Ele foi, talvez, um dos poucos europeus a resistir por anos nas florestas e savanas ainda inexploradas da América do Sul. Fawcett era muito obstinado em sua busca por uma antiga cidade perdida. Ainda faltam provas conclusivas sobre sua morte e a dos dois jovens companheiros de expedição. Seu destino continua envolto em mistério”, afirma a autora.
O evento na ALMT será realizado no Salão Negro, a partir das 9h de quinta-feira (7). Para confirmar presença, o público deverá enviar uma mensagem pelo WhatsApp para o número (65) 99233-1977. O lançamento do livro e a sessão de autógrafos tem o apoio da deputada estadual Janaina Riva (MDB).
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