
O governador Mauro Mendes (União) voltou a afirmar o seu apoio incondicional ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo não tendo participado do último ato em favor dele em Cuiabá. Segundo Mendes, sua contribuição está sendo mais discreta e nos bastidores, e que alguns interlocutores de Bolsonaro reconhece a contribuição que ele tem dado ao ex-presidente, que se encontra em prisão domiciliar.
“O ato é relevante, é democrático é pacífico, ele tem que ser respeitado como qualquer manifestação, de qualquer segmento quando ela é feita de forma pacífica e ordeira tem que ser respeitada”, disse. A declaração do governador é referente à sua movimentação política na semana em que antecedeu a manifestação ‘Reaja Brasil’, que ocorreu em todas as capitais, após o presidente passar a ser monitorado por tornozeleira eletrônica por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Naquela semana, Mendes articulou uma reunião entre o ex-presidente e o ministro decano do STF, Gilmar Mendes. A informação foi revelada pela jornalista Malu Gaspar, do O Globo.
Mendes buscava uma aproximação para tentar aliviar as medidas cautelares impostas a Bolsonaro e minimizar o conflito do bolsonarismo com a Corte Suprema. Segundo a jornalista, Gilmar Mendes chegou a sinalizar que aceitaria o encontro, já que o seu perfil sempre foi de moderador das relações entre os Poderes.
A condição que o ministro exigiu foi que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) precisaria parar de atacar o Supremo e fazer uma espécie de “pacto de silêncio” – o que, obviamente, não ocorreu. A negociação acabou terminando após Bolsonaro ter tido a prisão domiciliar decretada por descumprir novamente as cautelares impostas por Moraes, e ter dado recado aos manifestante por meio de vídeo, nos atos em que o STF era o principal alvo.
“Eu vejo na política muitas pessoas que fazem barulho mas, não entregam resultado, neste caso específico [apoio a Bolsonaro] eu estou agindo da mesma forma, tenho tentado silenciosamente ajudar e tem algumas pessoas que sabem disso”, disse na quinta-feira (14) sem citar o episódio.
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