Presidente exaltou o perdão de pena que concedeu a um deputado condenado pelo STF e afirmou que seu ato teve intenção de “dar exemplo” à Corte.
Em discurso a parlamentares, pastores e outros líderes evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro exaltou nesta sexta-feira (27) o perdão de pena que concedeu a um deputado condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob argumento de que não se pode “temer” os outros poderes da República. Também afirmou que seu ato teve intenção de “dar exemplo” à Corte.
“Exerci o meu poder dentro das quatro linhas [da Constituição], até para dar exemplo ao Supremo Tribunal Federal, assinando a graça. Nós devemos respeitar os outros poderes, nunca temer. É dessa forma que nós governamos, com a força de Deus, para poder mostrar para o Brasil pra onde nós poderemos ir”, discursou, durante a Convenção das Assembleias de Deus do Ministério da Madureira, em Goiânia.
Em menção indireta à declaração do ministro Alexandre de Moraes de que “a internet deu voz aos imbecis”, o presidente disse que ele e seus apoiadores não são “imbecis”. Moraes é relator do inquérito que culminou na condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e outros bolsonaristas.
“Com a liberdade que nós temos, em especial das mídias sociais, que tanto incomodam alguns ‘supremáveis’, nós conseguimos nossa liberdade. Não somos imbecis que passamos a ter voz. Nós somos cidadãos que conseguimos, com há uma hora Política informação, olhar os imbecis que sempre comandaram o Brasil”, bradou, sob aplausos da plateia.
Na linha de outros discursos a religiosos, Bolsonaro argumentou que a “família tradicional” estará ameaçada no Brasil caso seu principal adversário nas eleições, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seja eleito.
O discurso durou quase 40 minutos. O presidente pediu apoio aos líderes evangélicos para que “conversem não só com quem está ao lado” sobre o pleito de outubro.
A fala foi transmitida ao vivo pela TV Brasil, a emissora pública federal. O presidente também defendeu sua legitimidade para fazer discurso político dentro da igreja.
“A política sadia entra aqui, não no púlpito, mas em reuniões e conversas”, argumentou.
Em Goiânia, Bolsonaro também participou de uma “motociata”. A agenda pública do presidente não prevê outros compromissos nesta sexta-feira.
Fonte: Valor Econômico
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