As supostas negociações entre o governo do Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ) para a venda dos vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) segue gerando polêmica no Palácio Paiaguás. Na sexta-feira (27), o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo Oliveira, comentou sobre o assunto pela primeira vez e reforçou a negativa do Executivo em torno das articulações.
O chefe da pasta também recordou os escândalos de corrupção que em torno do modal e rebateu as críticas do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que defende a instalação do VLT.
“O prefeito está enganado sobre as vendas dos vagões. O governo do Estado não pode vender o que não é dele. Esse contrato foi rescindido por corrupção, safadeza, bandidagem e outros sinônimos. O governo não comprou vagão, comprou sistema e não está rodando. Distribuíram o dinheiro, que foi para o bolso de alguém”, disse.
Apesar da negativa em torno do assunto, a tratativa da possível venda passou pelo próprio governador Mauro Mendes (União), conforme revelou o secretário municipal de Coordenação Governamental do Rio, Jorge Luiz Arraes, quando da intenção de estudar a possibilidade de compra dos vagões e trilhos do VLT.
No fim de 2020, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ingressou com uma ação na Justiça pedindo ressarcimento e indenização, no valor total de R$ 830 milhões, contra o Consórcio VLT, que venceu a licitação para construção do modal que nunca foi entregue à população.
Atualmente o Estado tenta implantar o Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). Contudo, os procedimentos das obras do BRT foram suspensos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a pedido da própria Prefeitura de Cuiabá.
“O governo já pagou a dívida e está brigando para que esse pessoal que ganhou a concorrência devolva o dinheiro. Não queremos ter nenhum problema com ninguém”, finalizou o chefe da pasta de Infraestrutura.
Fonte: Gazeta Digital
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