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VLT ou BRT quem deve ficar?

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É difícil, no Mato Grosso, não se conhecer o termo VLT, que significa Veículo Leve sobre Trilhos. A obra começou na gestão do ex-governador Pedro Taques e nunca foi concluída, com várias denuncias de fraudes e superfaturamentos na licitação. Recentemente o atual governador, Mauro Mendes, decidiu fazer o BRT Bus Rapid Transport ou Ônibus de Transporte rápido. Mas afinal, qual deles vai trazer melhoras ao transporte público?

Digo aqui o porquê acredito que o BRT não irá melhorar a situação de Cuiabá: será necessário criar faixas exclusivas para os veículos desta linha que, pela sua alta capacidade, demandam pavimentação exclusiva de concreto, aquisição de veículos, sincronização dos semáforos, caso a linha trafegue entre avenidas, e estações novas. Além disso, principal combustível para esses ônibus é o Diesel, que vem sofrendo reajustes constantes para o aumento de seu preço, o que reflete no valor da passagem paga pelos usuários.

Já existem na cidade linhas de ônibus que operam em faixas exclusivas. Apesar de haver poucas, a maioria se encontra no asfalto comum, lutando por espaço entre carros e motocicletas, o que infelizmente gera engarrafamentos em horários de pico como acidentes também.

Em contrapartida o VLT já possui seus vagões que não foram vendidos ao Governo do Rio de Janeiro, são linhas acabadas e inacabadas quais devem ser concluídas para o devido funcionamento. Todavia o bônus se encontra no fato de utilizar como energia uma fonte renovável e com baixa emissão de CO2, além de haver a possibilidade da instalação de placas solares para consorcio em seu abastecimento. Em comparação com grandes centros urbanos no mundo, governantes se preocupam em ter meios renováveis de transporte público que operem em linhas exclusivas sem influenciar o trânsito de veículos particulares.

Na disputa criada entre o Governador e o Prefeito sobre a questão quem perde é o Estado de Mato Grosso, a capital Cuiabá e a população, por reviver na memória a incapacidade do poder público em trabalhar em prol do cidadão.

Hugo Basaglia

Coordenador do MBLMT

 

 

 

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