Há candidatos que entenderam e se prepararam para isso, alguns até compreendem, mas hesitam na hora de executar, e há quem diga que não é necessário. A verdade é que a participação dos jovens na faixa etária em que o voto é facultativo é fundamental para provocar mudanças nestas eleições.
De acordo com dados do TSE, o número de eleitores de 16 e 17 anos em 2024 é 78,1% maior do que em 2020. Esse grupo representa 1,17% do total de 155 milhões de pessoas que devem ir às urnas em 6 de outubro. Em comparação com 2020, o número de jovens eleitores passou de 1,03 milhão para 1,83 milhão neste ano.
Em Cuiabá, nas eleições de 2020, o número de eleitores entre 16 e 17 anos era de 1.406 e, neste ano, subiu para 3.225, um aumento de 129%. Ou seja, a tendência é que esses votos sejam importantes e disputados até o dia 6 de outubro.
A verdade, caro candidato, é que você precisa entender que os jovens querem poder comentar sobre política. Com a adaptação da política para conteúdos em redes sociais, ela passou a fazer parte do universo deles.
Ao mesmo tempo em que comentam sobre futebol ou alguma série nova, conseguem correlacionar com um debate político. Muitas vezes, assistem apenas cortes e não o conteúdo na íntegra, ou seja, querem conteúdo adaptado para redes sociais, e não aquela chatice que você acha que vai chegar da mesma forma.
Quem entende e executa o que deve ser feito está a alguns quilômetros de distância em busca desses votos, e em muitos casos, até os conquista. Para quem ainda não entendeu, paciência. A teimosia é a irmã problemática da resiliência.
Gabriel Lopes é bacharel em Ciência Política e chefe de Comunicação da Casa Civil do Estado de Mato Grosso.
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