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A teoria “correntes” e o bom network

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**Mário Quirino

Na última semana chegamos a marca de 8 bilhões de habitantes na Terra e a previsão é de 9 bilhões nos próximos 13 anos. O mundo nunca esteve tão conectado e as pessoas ao mesmo tempo distantes. Apesar de chegarmos a 8 bilhões de habitantes, o mundo não é tão grande assim.

Existe uma teoria que perdura a exatos 93 anos, afirmando que estamos a 6 pessoas de distância de qualquer pessoa deste mundo. Exato, imagine o Rei Charles: você está a 6 pessoas dele. Se realmente você quiser vê-lo, você poderá usar sua rede de contato para tomar um chá das 5 com o Rei em Buckingham. Em 1929, o escritor húngaro Frigyes intitulou sua teoria como “correntes”.

Na década de 1950 dois americanos, Ithiel do MIT e Manfred da IBM, começaram a testar a teoria matematicamente. Em 1967, em Boston, o sociólogo Stanley Milgram conseguiu bons resultados testando a teoria, publicando na revista Psychology Today e foi registrada com o termo “seis graus de separação”.

O escritor Jhon Guare consolidou o termo em seu livro, em 1990. Depois disso, na Universidade de Columbia, Duncan Watts recriou o experimento em 2001, e em 2011, o time de pesquisadores do Facebook usaram suas plataformas para testar a teoria.

Porque será que essa teoria trouxe vários matemáticos, estatísticos e pesquisadores em volta dela durante tantos anos e todos chegando a mesma conclusão?

Talvez porque ela nos faz refletir o quanto as conexões podem ser poderosas e o quanto podemos fazer o mundo se apequenar com a nossa influência.

Uma pessoa bem conectada, consegue fazer coisas grandiosas. Se pararmos para pensar, apesar da nossa sociedade valorizar muito o dinheiro, se nós entendermos essa teoria de forma profunda saberemos que o grande poder desse mundo são as pessoas. Ter uma rede de network qualificada pode fazer toda diferença.

Uma pessoa com uma rede de contatos forte, tem o poder de expandir negócios, mercado, viabilizar projetos e criar vínculos e amizades. Vários autores de sucesso, falam da importância de ter uma rede de contatos de qualidade, inclusive em um documentário falando sobre a vida de Bill Gates, é mostrado a influência de sua mãe em seu sucesso como empresário. Sua mãe foi a responsável por sempre colocar o pequeno gênio em contato com pessoas, fazendo com que Gates fizesse boas conexões.

Bom, hoje em dia, apesar de termos as redes sociais para potencializar nossas conexões, nada irá substituir o contato pessoal. Investir em network não é apenas sinal de inteligência, e sim sobrevivência. E deve ser considerado como um investimento a médio e longo prazo. E lembre-se: se você está a seis pessoas do Rei Charles, você também estará a seis telefonemas de qualquer pessoa desse mundo, então esteja preparado, tenha um objetivo, tenha um bom repertório, escolha bem suas conexões, invista em network, e faça bons negócios.

 

**Mário Quirino é especialista em desenvolvimento humano.

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