O candidato a prefeito de Cuiabá Abilio Brunini se descontrolou durante uma entrevista no Jornal da Cultura, na manhã desta quarta-feira (18), e ofendeu o jornalista Antero Paes de Barros por diversos momentos e ainda desrespeitou a história política do ex-senador, assim como negou a ditadura entre os anos de 1964 e 1984. Abilio agiu de maneira agressiva e descontrolada durante toda a entrevista querendo desmerecer e atacar o jornalista que tem uma história de luta, inclusive, contra a ditadura.
Antero foi deputado constitucionalista após as Diretas Já, tendo feito parte da história e da elaboração da Constituição Federal. Frases como: “puxa-saco do Botelho”, “cabo eleitoral do Botelho”, “pessoas como você que fazem defesa de um candidato”, foram ditas por Abilio para desqualificar Antero.
Além disso, o candidato do PL chegou a mentir que Valdemar da Costa Neto não é o presidente do partido, assim como tentou negar a votação para soltar Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar Marielle Franco. Abilio chegou a acusar Antero de ter sido comprado e o chamou de imparcial.
O candidato do PL questionou os pagamentos que são feitos à rádio para colocar em xeque a credibilidade do jornalista, que tem uma trajetória respeitada no Estado. É preciso esclarecer que as verbas publicitárias são pagas aos veículos para divulgação das campanhas institucionais criadas pelos governos Estadual, Federal, Assembleia Legislativa, prefeituras, entre outros órgãos, e não são pagas aos jornalistas.
Antero também chegou a fazer perguntas sobre as propostas do parlamentar, como a questão da Vila da Saúde, mas ainda assim, Abilio preferiu partir para os ataques.
Fantasmas na AL
Abilio Brunini (PL) também admitiu, de forma indireta, que a madrasta, a mãe e a irmã dele foram “funcionários fantasmas” na Assembleia Legislativa de Mato Grosso em gabinetes de deputados estaduais. No entanto, ele tentou se eximir da responsabilidade com os familiares e ainda tentou jogar a culpa no principal adversário na disputa pela prefeitura de Cuiabá, Eduardo Botelho (União).
Um repórter de televisão denunciou em 2018 que Damares Rastelli, madrasta; Silvana Brunini Moumer, mãe; e Carolina Manoela Brunini, irmã; Anderson Brunini, irmão; Suzimar Brunini, prima dele; seriam “funcionários fantasmas” no Legislativo estadual e também em outros parlamentos. O assunto voltou à tona na manhã desta quarta-feira (18), no Jornal da Cultura, que é apresentado pelo ex-senador e radialista Antero Paes de Barros.
O candidato e comunicador tiveram vários momentos de tensão durante a entrevista. “Se ela recebeu na Assembleia Legislativa e não trabalhou e o Botelho era o chefe, de quem é a culpa?”, disse Abilio, ao admitir que os parentes foram “servidores fantasmas”.
A madrasta de Abilio era lotada no gabinete do deputado estadual Sebastião Rezende, de quem é aliado, e não na Presidência da Assembleia Legislativa. “Quer dizer que sua mãe e irmã recebiam sem trabalhar e a culpa é do Botelho?”, questionou o jornalista Antero Paes de Barros, ao rebater Abilio.
Apesar de Eduardo Botelho ser presidente da Assembleia Legislativa, os parentes de Abilio eram lotados em gabinetes de deputados. Ou seja, não eram funcionários da Presidência da ALMT. Entre todos os parentes fantasmas, o caso da madrasta foi o que mais teve repercussão, porque ela chegou a ser entrevistada pelo repórter de TV e admitiu que trabalhava de verdade todos os dias no Grande Templo, onde atuava como locutora de rádio.
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