
O prefeito Abílio Brunini (PL) rebateu rumores de que a revogação da taxa do lixo em Cuiabá teria sido motivada por pressão política. Em entrevista coletiva, na última sexta-feira (11), ele afirmou que a decisão foi técnica e estratégica, com o objetivo de redistribuir os custos de forma mais justa.
“Todas as denúncias, todas as irregularidades encontradas, elas estão sendo encaminhadas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. Já fizemos mais de seis protocolos de denúncia”, declarou o prefeito, reforçando que a medida foi tomada após análises detalhadas.
A taxa do lixo, que custava R$ 11 por residência, foi substituída por um modelo anterior, em que grandes geradores de resíduos terão maior participação nos custos. “Revogamos a lei que criou a taxa do lixo. Ela não está mais em vigor e não voltará. Não é uma isenção geral, mas sim uma forma mais equilibrada de cobrança”, explicou Brunini.
O prefeito afirmou que já realizou estudos para compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 12 milhões em 2025. “Só a revisão de contratos já nos trouxe uma economia de R$ 13 milhões, o que cobre o valor previsto”, afirmou.
Questionado sobre a urgência na aprovação do projeto na Câmara Municipal de Cuiabá, Brunini negou pressa indevida. “Não foi pressão política. Queríamos acelerar a substituição da taxa para que, daqui em diante, Cuiabá não precise mais dela. Nossa gestão não terá taxa do lixo”, disse.
Ele ainda destacou que a mudança não afetará os serviços de coleta. “Quem mora em condomínio continuará pagando como antes. A diferença é que agora os grandes geradores, como shoppings e restaurantes, terão uma contribuição mais justa”, completou.
Leave a Reply