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Abilio suspeita que 3 vereadores tenham ligações com CV em Cuiabá

O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), deu mais detalhes sobre o que ficou sabendo sobre a suposta interferência do Comando Vermelho na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, inclusive oferecendo cerca de R$ 200 mil por voto de cada vereador. Segundo ele, os legisladores que estariam envolvidos estiveram na mira das Polícias Federal e Civil em recentes operações contra o crime organizado na Capital.

No entanto, ele evitou citar nomes. “A informação que tive é que uns dois ou três teriam aceito, mas a gente não tem certeza. Então não vou me dispor a dizer se aceitou ou não aceitou. Eu posso dizer que teria a ver com o pessoal que estava envolvido com a questão da Dallas e a outra operação”, contou Abilio, nesta sexta-feira (08).

A casa de show Dallas, mencionada pelo futuro gestor, foi adquirida por membros do CV pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

A ação foi descoberta na Operação Ragnatela, da Polícia Federal, em junho deste ano. Em setembro, a Operação Pubblicare da Polícia Civil foi a segunda fase das investigações.

O vereador Paulo Henrique (MDB) foi preso e posteriormente denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele foi apontado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) como líder do grupo e utilizava sua influência como parlamentar e presidente do Sindicato dos Agentes Fiscais de Cuiabá (Sindarf) para favorecer eventos promovidos pelo CV.

Brunini disse que os próximos passos são explanar a situação para o secretário de Segurança Pública, César Augusto Roveri, e a delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel. “Alguns eu sei e inclusive já dei os nomes. A diferença é que não estou dando os nomes à imprensa, mas sim para as pessoas que vão fazer investigação. Provavelmente deve correr em sigilo até a comprovação dos fatos porque as pessoas são públicas e não comprovando pode trazer prejuízos à imagem delas”, explicou.

O ainda deputado federal disse que se sente mais ‘seguro’ ao expor a situação. Ele avalia pedir proteção após a grave denúncia. “Conversei com alguns vereadores e eles estão cientes disso que está passando por lá e a gente vai aguardar. Eu já fiz a minha parte, já expus isso e expor isso até me protege fisicamente de toda essa situação. Não tem risco de alguém querer fazer alguma coisa contra o Abilio”, declarou. 

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