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Temendo a possibilidade de uma “pedalada fiscal” do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), ao enviar para a Câmara o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 estimado em R$ 5,4 bilhões de receita, o prefeito eleito, Abilio Brunini (PL), solicitou que os vereadores “segurem” a tramitação até que seja realizado a compatibilidade de dados pela equipe de transição com o Palácio Alencastro.

Abilio argumenta que teve informações de uma suposta tentativa de “pedalada” do emedebista, ao incluir no orçamento de 2025, um déficit que varia de R$ 400 a R$ 500 milhões, “inflando” o orçamento do próximo ano. Assim, frisa que a o orçamento “real” pode ter montante na ordem de R$ 4,8 bilhões.  Por isso, considera necessária uma análise mais minuciosa pelo gabinete de transição.

“A informação que a gente obteve, estaria na casa R$ 4,8 bilhões a previsão de receita, de que haveria um déficit de R$ 400 a R$ 500 milhões nesse ano, que [Emanuel Pinheiro] tentaria jogar para a despesa do ano que vem. Que estaria superestimada em R$ 5,4 bilhões para encaixar o que tem de negativo. [Nada mais é do que] pedalada”, disse Abilo, em visita à Câmara, nesta terça-feira (29).

A pedalada consiste em uma manobra contábil feita para cumprir as fiscais, fazendo parecer que possui equilíbrio nas contas. Abilio compareceu à Câmara para dialogar com os vereadores, quanto a necessidade de segurar momentaneamente a tramitação da LOA. Vale ressaltar que a matéria está recebendo emendas dos atuais 25 vereadores. Abilio explica que além da LOA, o Plano Diretor também precisa ser analisado pela próxima gestão.

“Viemos conversas sobre dois projetos que estamos preocupados, que é a LOA, que pode estar superestimada pelo município para mascarar algum déficit para jogar para o ano seguinte e abrir um diálogo sobre o Plano Diretor, que propõe a expansão do perímetro urbano e estamos preocupados”, emendou.

Para o próximo ano, Emanuel apresentou uma receita total e líquida, de valor igual, de R$ 5,4 bilhões. Em 2024, o orçamento foi de R$ 4,4 bilhões total e R$ 3,8 bilhões líquido. Embora a prioridade sejam a LOA e o Plano Direitor, Abilio também defendeu a necessidade de revogação do empréstimo de R$ 139 milhões.

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