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O deputado estadual Eduardo Botelho (UB) pregou cautela na escolha do nome que será definido para disputar o Governo do Estado em 2026 e alertou para o risco de divisão que pode acontecer assim como ocorreu durante em 2023 quando ele e o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, eram pré-candidatos à Prefeitura de Cuiabá e o grupo “rachou”.

Ocorre que o governador Mauro Mendes (UB) manifestou apoio pessoal ao vice Otaviano Pivetta (Republicanos) para sucedê-lo no Palácio Paiaguás. O anuncio gerou insatisfação do deputado Júlio Campos e do irmão senador, Jayme Campos, considerados “caciques” do União Brasil. Ambos defendem um nome do partido, podendo até mesmo ser o do congressista. 

“Essa discussão minha com o Fábio ao final de tudo eu sai perdendo, perdi a eleição e o Fábio também perdeu. Porque eu perdi? Porque muita gente que já estava na campanha dele acabou não vindo comigo, foi apoiar o Abilio. Quando você sai criando essa briga interna é ruim, gera uma possibilidade de rompimento do grupo”, declarou à Rádio Cultura FM nesta sexta-feira (04). 

Botelho ainda relembrou que o apoio de Garcia e dos aliados dele não veio “completo”. “Com meu projeto, não deu certo ficamos divididos por mais de um ano, depois veio o Fábio Garcia meia boca, não veio inteiro, muitos largaram, inclusive a própria família dele, fazendo postagem apoiando e pedindo voto para o Abilio e assim por diante. Isso tudo porque teve esse embate [interno] e acabou criando essa paixão militante, que é natural”, comentou. 

O parlamentar alertou que a falta de alinhamento e unidade no grupo que possui muitos partidos em seu arco de alianças pode ser crucial para uma derrota nas eleições do ano que vem, assim como ocorreu com ele na corrida ao Palácio Alencastro em 2024. Mesmo aparecendo como favorito em pesquisas eleitorais, Botelho amargou a terceira colocação. 

“Tenho defendido que a gente tenha cautela, que o nome seja escolhido nesse grupo que está ai e temos possibilidade real de perder as eleições. Não podemos esquecer de nomes forte que vão vir. Wellington Fagundes, Balbinotti , nome de esquerda e nós temos esse grupo de centro-direita que já está dando resultado. Quando a gente sai gritando por ai defendendo nomes você já está criando divisão”, avisou. 

Por fim, avaliou que tanto Jayme como Pivetta são bons nomes para comandar o estado a partir de 2027. “Se eu começar a falar que sou Jayme ou Pivetta, as pessoas que estão comigo agora não vão vir comigo depois. Se não tivermos cautela podemos perder as eleições. Jayme tem condições, tem experiência, tem a cuiabania, tem histórico. Pivetta tem também histórico de ex-prefeito, era motorista de caminhão, eu prego essa cautela por isso”, finalizou. 

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