Em meio a uma eleição acirrada, a um candidato que não decola ou ao temor de que um determinado postulante à Presidência da República suba a rampa do Planalto, surge o chamado voto útil, que pode mudar a trajetória de um pleito.
Mas será que o eleitor sabe como funciona esse instrumento? Para explicar, o Painel Eletrônico convidou o cientista político Ricardo Ismael, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Segundo o especialista, em caso de uma eleição acirrada como a deste ano, a tendência é de o eleitor votar, estrategicamente, não no candidato com o qual se identifica, mas escolher um nome que não seja o seu preferido, com o intuito de impedir que outro candidato seja eleito.
Segundo Ricardo Ismael, nesse tipo de voto deve ser levado em conta que o eleitor, ao abandonar seu candidato preferido, vai falsear o resultado final das eleições, além de ajudar a enfraquecer o seu partido, reduzindo drasticamente a representatividade da bancada de sua preferência no Parlamento. O professor Ricardo Ismael recomenda que os eleitores votem no candidato de sua preferência, pois, muitas vezes, ele ainda tem condições de chegar ao segundo turno, embora as pesquisas não devam ser ignoradas. “É preciso ver as pesquisas com cautela e verificar todas as tendências”, disse.
Apresentação – Elisabel Ferriche e Edson Junior
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