Pesquisa divulgada nesta terça-feira (10/5) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que 68% dos eleitores declaram ter confiança nas urnas eletrônicas, enquanto 28,6% dizem não confiar. Outros 3,4% não sabem ou não responderam.
Questionados sobre o comparecimento às urnas, 79% disseram que com certeza vão votar nas eleições de outubro. Outros 14% informaram ser provável que compareçam, enquanto 3% não devem votar. E 1,4% deu certeza de que não vai comparecer.
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas presencialmente, em 137 municípios de 25 estados, entre os dias 4 e 7 de maio deste ano. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. A sondagem foi contratada pela MDA e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-05757|2022.
Urnas serão testadas neste mês
Apesar dos constantes questionamentos do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que acabaram por se tornar ponto importante do debate público, o TSE segue o cronograma das eleições sem qualquer alteração no planejamento.
Em abril, o chefe do Executivo voltou a colocar em dúvida os resultados eleitorais e a dizer que é necessário implementar as sugestões apresentadas pelas Forças Armadas ao TSE, para ampliar a confiabilidade do processo eletrônico de votação.
O presidente da Justiça Eleitoral, ministro Edson Fachin, no entanto, declarou que as mudanças consideradas indispensáveis já foram realizadas e que as urnas são seguras. “O voto é secreto, e o processo eletrônico de votação, conquanto sempre suscetível de aprimoramentos, é reconhecidamente seguro, transparente e auditável”, frisou.
De 11 a 13 de maio, será feito o Teste de Confirmação. No evento, os investigadores que participaram do TPS, realizado de 22 a 27 de novembro de 2021, voltam ao TSE a fim de conferir se as soluções aplicadas pela equipe técnica foram suficientes para aperfeiçoar os pontos encontrados anteriormente.
Achados em checagem
Dos cinco participantes do TPS que conseguiram apontar falhas em fases iniciais do sistema das urnas, nenhum alcançou o programa das urnas em si. Agora, esses profissionais voltam para conferir as aplicações e certificar o aperfeiçoamento realizado.
Confira o que foi encontrado em 2021 e será checado novamente no mês de maio.
Ataque ao painel da urna com uso de um teclado físico. Os especialistas conseguiram acoplar um novo painel, mas sem a capacidade de votar. Uma situação que precisaria de pessoas para trocar os painéis físicos, o que o tornaria improvável;
Os especialistas conseguiram desembaralhar o extrato de urna remetido ao TSE. O investigador conseguiu enviar um boletim de urna sem o embaralhamento. Não há consequências para as eleições;
Um grupo pulou uma barreira de segurança representada pela rede de transmissão, mas parou na porta da rede do TSE. Os técnicos estudaram como evitar essa quebra da primeira barreira e testarão de novo;
Houve ataque ao fone de ouvido da urna para quem tem deficiência visual, e a vocalização foi transmitida via bluetooth. Esse tipo de falha afetaria votos de pessoas com deficiência visual. Mas seria necessário ter um dispositivo acoplado em aparelhos próximos aos mesários;
A Polícia Federal acessou a rede do TSE, mas não conseguiu mexer em nenhum sistema ou mudar voto. Trata-se do ataque de mais relevância para correção.
Ao Metrópoles o TSE voltou a ressaltar que essa é uma etapa do calendário eleitoral e que “o Teste Público de Segurança (TPS) é um evento fundamental no processo de preparação das eleições e de aprimoramento da segurança do processo eleitoral. Ele é realizado desde 2009 e faz parte do calendário eleitoral”.
Fonte: Metrópoles
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