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Em novo áudio vazado, esposa de deputado mente para pescadores e chantageia categoria

Em um novo áudio vazado, a esposa do deputado estadual Wilson Santos, Maria Odenilma da Silva, conhecida como Nilma da Pesca, pressionou e chantageou pescadores, para que a categoria se mobilizasse para uma ida em ‘peso’ a Brasília. O motivo é a audiência de conciliação realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) relativa a Lei estadual nº 12.197/2023, conhecida como “Transporte Zero”.

No início de março, o ministro André Mendonça, do STF, acatou o pedido do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), e adiou para o dia 26 de março, às 14h30, a segunda audiência de conciliação entre Estado e União para tratar da legislação. o novo texto aprovado “flexibiliza” a lei 12.197/23, já que mantém proibida a pesca de apenas 12 espécies.

Em um áudio transmitido a pescadores de Mato Grosso, Nilma da Pesca, que também é empresária do ramo de suprimentos para pescarias, ameaça sequer ir a Brasília para participar de uma reunião com a assessoria do ministro. Ela pressiona a categoria a conseguir com políticos a disponibilização de ônibus para promover a ida em massa do grupo para a capital federal, sob pena de sequer ir à audiência.

“Pessoal, eu pensei cem vezes em como falar esse áudio pra vocês, podem ficar chateado comigo, é direito de cada um. Só que eu vou dizer uma coisa pra vocês, amanhã eu tenho que ir a Brasília, no voo das 6h30, e o valor da passagem é R$ 5,4 mil. Eu tenho que despachar com a assessoria do ministro as 14h. Então, eu vou ser bem franca com vocês. Se vocês não conseguem arrumar o ônibus pra ter três mil pescadores, em ano político, aonde os vereadores e prefeitos vão bater nas suas costas pedindo voto, então não preciso ir a Brasília. Eu posso sair fora do processo”, afirma ela, no áudio.

No áudio, Nilma da Pesca relata ainda que não está vendendo iscas e que isso está prejudicando seu negócio, colocando nos pescadores a responsabilidade da falta de compradores de seus produtos. Ela chantageia a categoria, dizendo que se não houver mobilização, não lutará mais pela classe, falando para eles até mesmo realizarem manifestações na porta de prédios públicos.

“Eu vou ser sincero com vocês. Se for para ter 200, 300 pessoas aí, não precisa vir. Você sincera de coração. Vou largar mão de mexer com essa luta. Se vocês estão achando que por conta de 12 espécies que foi tirada, vai sobreviver à pesca, não vai. Inviabiliza. Se receber a indenização, deixa de ser pescador. Não podem fazer cota de 20, 30, 40, 100 reais, que seja, para vir lutar por aquilo que acredita? A pesca está aberta para os profissionais, mas eu não vendi uma isca. Está tudo nos tanques lá. Estou indo trocar água, dar isca e não tem pra quem vender. Senta na porta da Câmara, da Prefeitura e fala que só sai depois que falar com o prefeito”, disse.

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