O deputado federal Emanuelzinho (MDB) afirmou, durante sua participação no podcast Tudo Menos Política da última sexta-feira (27), que o governador Mauro Mendes teria aparelhado a Polícia Civil para perseguir seus adversários políticos. De acordo com o parlamentar, a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), responsável por realizar a maior parte das operações contra a gestão de seu pai, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), seria ‘controlada’ pelo gestor estadual.
Emanuelzinho relatou que a perseguição de Mauro Mendes contra seu pai teria se iniciado após o prefeito ter vetado uma Parceria Público Privada firmada pelo governador, enquanto ainda era gestor da capital. Uma das empresas da família do governador supostamente teria sociedade com uma das integrantes do Consórcio Cuiabá Luz, vencedor da contratação de 2016.
“O Mauro Mendes tem um aparelhamento hoje da Polícia Civil, que é gigantesco. Pelo fato do Emanuel Pinheiro não ter aprovado uma PPP que o governador fez quando era prefeito, e que valia R$ 714 milhões por 30 anos, ele passou a ser perseguido. Com isso, ele supôs que poderia pegar meu pai pela Saúde e começou a fazer operações todo dia. Todas até hoje foram deflagradas pela Deccor, que é controlada pelo Palácio Paiaguás. Falo isso sem medo nenhum”, disse Emanuelzinho.
O deputado federal lembrou ainda casos envolvendo integrantes do Governo do Estado que foram alvos de investigação, como o ex-secretário-adjunto de Administração Sistêmica da Casa Civil de Mato Grosso, Wanderson de Jesus Nogueira, preso em flagrante pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), pelo crime de corrupção. Ele estava em posse de R$ 20 mil, que seria propina de uma empresa.
Outro caso lembrado por Emanuelzinho foi o do ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Nilton Borges Borgato, preso por suspeita de participação em esquema de tráfico internacional de drogas. Ele foi alvo da Operação Descobrimento, da Polícia Federal, deflagrada em abril de 2022. Segundo o deputado federal, os dois casos foram abafados pelo Governo do Estado.
“As operações que foram feitas contra o governo dele, em que um secretário foi preso por tráfico de drogas e um adjunto foi flagrado cobrando propina dentro da Casa Civil, ninguém lembra porque foi abafado. E quem investigou não foi a Deccor dele. Eu o desafio a abrir o patrimônio da família, enquanto abrimos a nossa e que a sociedade veja o crescimento de cada um. A empresa dele estava ‘falida’ e hoje o filho do Mauro, com 25 anos, possui um capital social de R$ 2,7 bilhões. Nunca falei sobre isso porque acho que é papel da polícia investigar, mas eles aparelharam tudo”, destacou.
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