Após diversas ondas das covid-19, a atenção das nações tem se dirigido ao surto da varíola do macaco. Em Mato Grosso, até a publicação da matéria, há 3 casos suspeitos de infecção pela doença. Contudo, parte da classe médica crê em uma alta do vírus no estado nos próximos dias.
À reportagem, a médica infectologista Andréia Gaio, que atua em Cuiabá, deu detalhes sobre o que se sabe da doença até então e também a respeito do atual cenário da doença.
Declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial da Saúde no final do mês de julho, a monkeypox – como é conhecida internacionalmente – foi registrada em humanos pela primeira vez em 1958.
Desde então, o conhecimento acumulado ao longo das décadas aponta que a principal forma de transmissão se dá por meio de contato próximo e prolongado. Contudo, segundo a médica, é preciso ter cuidado com as vias respiratórias.
“A principal forma de transmissão é contato com as lesões, mas contato íntimo também facilita muito a transmissão. Temos tido alguns casos relacionados à via sexual. E há um risco de transmissão por via respiratória também, por isso a sugestão de usar máscara”, disse a infectologista.
Dentre os sintomas, o principal é a formação de bolhas pelo corpo. Porém, conforme alerta da especialista, as manchas também podem se concentrar em uma única região, a exemplo dos órgãos genitais.
Acompanhada das bolhas, a pessoa que esteja infectada pelo vírus também pode sentir mal-estar corporal, dores e até febre.
No que diz respeito à letalidade, a médica explica que são poucos os casos notificados até o momento para se ter uma ideia precisa sobre como será o cenário futuro da doença no país. Contudo, a médica aponta que Mato Grosso poderá registrar uma alta do vírus.
“Não temos dados suficientes para falar da letalidade no Brasil, porque temos um caso de óbito confirmado. Então, em relação à covid, parece uma doença de menor letalidade. Mas, eu acredito que teremos nos próximos dias um ‘boom’ de casos. Então, a partir deste momento teremos uma avaliação melhor”, afirmou.
“Vivemos em um cenário de alerta e preocupante porque me parece que estamos tendo transmissão comunitária. Então, eu não acredito que vivemos um ‘boom’ tão intenso quanto à covid, mas é algo a se preocupar e que está chegando aqui em Mato Grosso”, acrescentou.
Em meio ao cenário de agravamento da doença pelo Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na segunda-feira (1) que o país deverá receber em setembro o primeiro lote de vacinas contra a monkeypox.
O medicamento tecovirimat será utilizado inicialmente para o tratamento dos casos graves. Contudo, um segundo lote que tem previsão de chegada ao país em novembro deverá ampliar a imunização. Ao todo, o Brasil negocia 50 mil doses inicialmente.
Fonte: R7
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