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Ex-líder de Emanuel Pinheiro na Câmara é alvo de operação da PF

Um parlamentar de Cuiabá está entre os alvos da Operação Ragnatela, deflagrada na manhã desta quarta-feira (5) pela Polícia Federal, suspeito de auxiliar uma facção criminosa em um esquema de lavagem de dinheiro em casas noturnas. Trata-se do ex-líder do prefeito na Câmara Municipal da capital, o vereador Paulo Henrique (PV), que teve seu carro, um Jeep Compass, apreendido.

Segundo as investigações da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT), o vereador atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros. Um policial penal e fiscal da Prefeitura de Cuiabá também foram alvo de buscas e afastados das funções por participarem do esquema.

Segundo a FICCO, a investigação identificou que criminosos teriam adquirido uma casa noturna em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

Durante as investigações foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária.

Em continuidade à investigação, os policiais identificaram um esquema para introduzir celulares dentro de unidade prisional e transferências de lideranças da facção para presídios de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado, que se encontra em liberdade.

Fuga de MT

No último dia 1º de junho, foi identificado que dois alvos da investigação fugiram para o estado do Rio de Janeiro. Um deles é considerado o principal líder da facção criminosa investigada, atualmente em liberdade, e estava viajando com documentos falsos. Os criminosos foram abordados ainda dentro da aeronave, logo após o pouso no aeroporto carioca de Santos Dumont.

A Operação Ragnatela contou com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública (Ciopaer) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público Estadual, Ppolícia Civil, PM, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.

A Ficco-MT é uma força integrada, composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo a atuação conjunta no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.

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