
Presidente do PP e ex-ministro da Casa Civil, no governo Bolsonaro (2019-2022), Ciro Nogueira, criticou duramente o governo Lula e as sanções administrativas aplicadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além de reafirmar a posição do partido na oposição, Ciro anunciou que nos próximos dias baixará uma norma para a sigla e a futura federação com o União Brasil, a União Progressista (UP), proibindo a participação direta ou indireta de filiados na gestão federal, como em ministérios, sob risco de expulsão.
“Vamos, nos próximos dias, assim que aprovar a federação no TSE, reunir os dois partidos e proibir os membros dos dois, sob risco de expulsão, pertencer esse governo que não acreditamos, nem defendemos suas bandeiras. Não tenho nada a ver com esse governo”, disse o ex-ministro durante evento em Cuiabá, na quinta-feira (21).
Entre os principais motivos de seu descontentamento com a gestão federal estão as acusações de golpe de Estado, em fase de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que apontam o político como um dos organizadores. Ele também mencionou as condenações dos participantes do ato antidemocrático de 8 de janeiro, na invasão da Praça dos Três Poderes.
Segundo Nogueira, é preciso “virar a página” e anistiar todos os condenados, sugerindo penas brandas por depredação de patrimônio público.
“Eu defendo que a anistia seja incluída ao presidente Jair Bolsonaro, é o que eu apoio. Temos que virar a página desse país, nessa narrativa falsa, que se tentou dar golpe no país, é uma mentira. Aquelas pessoas precisam ser condenadas por depredação de prédios públicos, como o PT cansou de fazer no país”, argumentou.
No governo, o União Brasil conta com dois nomes integrando a gestão Lula. O Ministério do Turismo, com Celso Sabino, e Ministério do Esporte, André Fufuca.
Informações da mídia nacional narram que Davi Alcolumbre (União) atuou na costura interna para que Frederico Siqueira fosse escolhido no Ministério das Comunicações e Waldez Góes no Ministério da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional.
Pelo lado do Progressistas, Arthur Lira (AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados, supostamente negociou cargos para a presidência da Caixa, com Carlos Vieira, além de encaminhar indicações de partidos do centro e ainda vice-presidências do banco.
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