Em meio a tensão entre o agronegócio e o governo Lula (PT), o ministro da Agricultura, Carlos
Fávaro (PSD), voltou a dizer que o petista busca melhorar a relação com o setor. O ministro disse que Lula “sucessivamente pede para estar próximo do agro”.
Fávaro admitiu que Lula já proferiu “frases fortes” sobre o agro, mas ponderou que é preciso
respeitar o posicionamento político do presidente. Recentemente, em evento na Bahia, o
petista chamou ruralistas de “fascistas” após o ministro ser desconvidado a participar da
abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
“O governo Bolsonaro conseguiu pregar um presidente Lula lá dos anos 80”, disse, pontuando
que, na época, o presidente tinha um posicionamento mais à esquerda, o que causa imagem negativa para o agro.
Para pontuar a preocupação do governo com o setor, Fávaro voltou a citar iniciativas de
gestões passadas de Lula, como a regulamentação do uso de transgênicos no Brasil, a criação
do Programa Nacional do Biodiesel e a repactuação de um endividamento de 20 anos do setor agropecuário.
“Por tudo isso o agronegócio saiu de um patamar e foi para outro muito maior, graças a essa
persistência e dedicação do presidente Lula. Então, quando ele toma alguma frase um pouco
mais forte, nós temos que respeitar a posição política deles”, declarou.
Sobre o episódio da Agrishow, Fávaro avaliou que o ex-presidente da feira, Francisco Maturro,
se deixou envolver por uma quebra de protocolo. “Não se percebeu que estava se deixando
envolver por questões políticas”.
A ausência de Fávaro e a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro dia da
principal feira de tecnologia agrícola do País foi motivo de atrito entre o governo e a
organização do evento. O ministro pontuou, no entanto, que o caso está superado.
Fonte: Olhar Direto
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