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Governador trata como absurdo ‘taxa de proteção’ cobrada por facções para evitar crimes em comércios

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O governador Mauro Mendes (UNIÃO) qualificou como absurdo casos de pagamento de taxas
em troca de segurança em bairros ou em estabelecimentos comerciais. Empresários e
comerciantes de diversas comunidades de Cuiabá e Várzea Grande precisam pagar “uma taxa
de proteção” para o crime organizado. Na visão do Chefe do Executivo, casos desse tipo só
alimentam a criminalidade.

“Eu não tenho conhecimento disso. Se estiver acontecendo. isso é um absurdo. Acho um
absurdo. Quando se faz isso, estão alimentando as facções criminosas. Tenho certeza que
temos que agir de forma dura e incisiva para evitar esse tipo de situação”.

A fala do governador foi feita em entrevista ao programa Wilson Santos, apresentada pelo
deputado de mesmo nome. Wilson foi vítima de criminosos durante sua campanha eleitoral e
impedido de entrar em algumas comunidades para pedir voto. A denúncia, segundo o
parlamentar e apresentador, foi repassada ao secretário de Segurança Pública da época,
Alexandre Buastamante, mas nada de efetivo foi feito.

Durante a entrevista de quase 1h, Mauro Mendes falou de diversos assuntos, mas foi
questionado sobre a situação da segurança do estado. Wilson Santos exemplificou que, para
se ter segurança, comerciantes pagavam taxa aos criminosos.

O governador negou conhecimento do caso, mas disse que a polícia de Mato Grosso é a mais
equipada do país, assim como o sistema prisional. No entanto, voltou a reclamar de penas
frágeis e do modo frouxo das leis federais.

“Mato Grosso tem hoje o melhor sistema prisional do Brasil, vamos ter uma vaga para cada
preso. Vamos chegar a 5 mil vagas nos presídios. Mas a lei brasileira é muito fraca, frouxa. O
cara comete um crime e é condenado a 12 anos, ele cumpre 2 e vai para as ruas. Os policiais
militares já me relataram várias vezes que eles prendem o bandido nas ruas, estão lá
preenchendo o boletim de ocorrência, fazendo tudo para entregar à autoridade, quando olham
pela janela, o cara já está saindo pela audiência de custódia. Mas, não é porque o juiz é frouxo,
é porque as leis precisam ser mais duras. Senão vamos perder essa guerra. Vamos apertar
ainda mais”, disse o governador.

Quanto à taxa de segurança, o setor de inteligência da Polícia Civil e Secretaria de Segurança
Pública já trabalham para identificar quem são os autores da “lei paralela”.

Fonte: Olhar Direto

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