O ex-governador de Mato Grosso e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), minimizou nesta quinta-feira a importância da pesquisa eleitoral que aponta o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) em terceiro lugar na corrida pelo Governo do Estado em 2026. Pivetta é apoiado por pelo ‘barão do agronegócio e o atual governador Mauro Mendes (União).
Para o ex-ministro, a disputa real pelo Governo começa apenas na reta final em 2026. “A eleição mesmo se disputa naqueles últimos 90 dias, quando todo mundo vai para a rua, a temperatura começa a subir e as discussões se ampliam. Acho que está todo mundo se antecipando muito ao fato. Nós já estamos a mais de ano da eleição. Nesse momento, pesquisa não quer dizer muita coisa”, ponderou.
Segundo Blairo, ainda é cedo para considerar os números como determinantes e relembrou como foi sua eleição em 2002. “Eu mesmo sou um exemplo disso: em 2002, tinha 2% ou 3% de intenção de voto e, no fim, ganhei a eleição no primeiro turno. Era improvável, mas foi a pressão e a temperatura daquele período que definiram, como vai ser agora”, afirmou.
CENÁRIO NACIONAL
Maggi também comentou o cenário nacional, avaliando que uma eventual candidatura presidencial de centro em 2026 deve surgir de governadores que atualmente ocupam cargos e apresentam bom desempenho. Desconversou sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) seria o nome forte. “Não vejo alguém de fora desse ambiente político que venha para polarizar. É muito provável que uma candidatura a presidente venha de alguém que está no cargo de governador agora, bem posicionado e apresentando bom trabalho”, declarou.
Apesar disso, o ex-ministro ponderou que o resultado dependerá mais da conjuntura eleitoral do que de nomes previamente apontados. “Muitas vezes, nós não trabalhamos o melhor candidato, aquele que poderá trazer melhores resultados. A gente acaba se apaixonando por um candidato e segue na emoção, não na razão. E assim vai acontecer de novo”, concluiu.
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