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Mauro Carvalho afirma que reforma tributária irá incentivar sonegação

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O ex-chefe da Casa Civil e senador em exercício, Mauro Carvalho (UB), criticou o texto atual da reforma tributária, que passará a tramitar a partir de agora no Senado Federal. Para o parlamentar, que assumiu a cadeira de Wellington Fagundes (PL) após ele ter se licenciado do cargo, as altas alíquotas irão incentivar a sonegação, destacando ainda que o Governo Federal também deveria discutir e propor uma reforma administrativa, para diminuir o tamanho da máquina pública.

A declaração de Mauro Carvalho se deu na manhã desta sexta-feira (14), durante entrevista à rádio Metrópole FM. O senador afirmou que a reforma tributária acabou sendo aprovada ‘a toque de caixa’ e não foi debatida de forma suficiente no parlamento federal. Ele ainda elogiou a atuação do deputado federal e seu substituto na Casa Civil, Fábio Garcia, que conseguiu fazer alterações importantes no texto, mas destacou que muito ainda precisa ser melhorado no projeto.

“Infelizmente, não está em pauta uma reforma administrativa, o que é uma pena, pois isto deveria estar sendo discutido também. A reforma tributária, da forma como foi votada na Câmara dos Deputados, apressada e num afogadilho muito grande, não faz o menor sentido. Os segmentos menos favorecidos e os pequenos, não foram ouvidos. O Fábio Garcia fez um trabalho brilhante no último momento, mantendo o Fethab, por exemplo, além de desonerar a cesta básica, mas isso não é motivo nenhum de comemoração, infelizmente”, afirmou.

O senador destacou que os valores que serão cobrados no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) são muito altos, principalmente se comparados a outros países do mundo. Ele citou que, no Brasil, a alíquota prevista é de 25%, enquanto que em outros lugares do planeta, esta tributação não passa de 12%, ou seja, menos da metade. Para Mauro Carvalho, o texto atual irá aumentar a sonegação fiscal.

“Temos muito para melhorar neste texto. O impacto na classe trabalhadora e na classe média, é assustador. Para quem tem carteira assinada, a pancada é grande. Tem ainda os prestadores de serviço, que sofrerão bastante. Se você levar seu carro na oficina mecânica, por exemplo, terá as peças e mão de obra, por exemplo, no custo. Se ele te cobrar R$ 100 pela mão de obra, na hora de pagar a conta, você irá desembolsar R$ 137, por conta da tributação. Vai voltar aquela história do ‘com nota ou sem nota’. Do jeito que está, vai incentivar a sonegação de impostos no Brasil”, completou.

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