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Mauro Mendes lamenta prisão de Bolsonaro: “não vi nenhum golpe”

O governador Mauro Mendes (União) lamentou, nesta quarta-feira (26), a prisão definitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou o trânsito em julgado no processo que condenou o ex-mandatário. 

“Lamento que o Brasil mais uma vez tenha que passar por mais esse capítulo de prisão de um presidente. Lamento profundamente que as crises institucionais e políticas tenham tirado grande parte da atenção daqueles atores que deveriam estar preocupados com o país, com os problemas reais que afligem o cidadão”, declarou Mendes.

A determinação do ministro ocorreu na tarde de terça-feira (25), quando Bolsonaro já estava preso na sede da Polícia Federal (PF) por ter violado a tornozeleira eletrônica no último sábado (22). A decisão atingiu também os ex-generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro.

“Não vi aquelas pessoas, generais, praticando nenhum golpe, sem nenhum tiro e tanque nas ruas. Não vi nenhum ato concreto”, afirmou. “Pensar algo errado é crime? Pensar em fazer algo errado, alguém já foi condenado por isso no Brasil? Discordo que sejam penas de 14 a 16 anos. Fico assim me questionando e lamento que esse seja mais um capítulo ruim da história do Brasil”, opinou. 

Apesar de não reconhecer o golpe e criticar as penas aplicadas aos golpistas, Mendes reconheceu que eles cometeram os crimes de vandalismo e invasão de patrimônio público. Entretanto, enfatizou que eles deveriam ter sido punidos por isso e não por tentativa de golpe de Estado, como ocorreu. “Eu não conheço os detalhes do processo, não posso falar muito sobre ele, mas eu como cidadão não vi nenhum golpe sendo praticado. Vi no dia 8 de janeiro milhares de brasileiros indignados, revoltados, que cometeram crime sim, porque vandalismo é crime invadir patrimônio público, depredar é crime. É uma pena”, lamentou. 

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