fbpx

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), fez coro ao colega Gilberto Cattani (PL) e criticou a vereadora Maysa Leão (Republicanos) por ter exposto uma adolescente abusada por pai, tio e padrasto durante uma audiência na Câmara de Cuiabá que tratava sobre o combate à violência contra a mulher. O socialista disse que a parlamentar ainda “faltou com a verdade” ao mentir que não sabia que a garota era menor de idade.

“A exposição de uma menina que infelizmente foi violentada abusada e sofre um segundo abuso quando a gente trabalha a imagem dessa criança. Enquanto parlamentar isso serve de alerta para todos nós deputados, para as Câmaras de Vereadores, sobre os meios e as formas que a gente vai usar para atingir, impactar uma audiência, chamar a atenção para um debate”, declarou durante sessão da última quarta-feira (27).

O deputado Cattani, momentos antes, em suas redes sociais, disse que iria acionar a Assembleia Legislativa contra a republicana, que também é 1ª vice-presidente da Câmara de Cuiabá. Para o bolsonarista, a vereadora teria cometido crime ao permitir que a menor relatasse, em rede oficial da Casa, os abusos sofridos. O novo atrito reacende a troca de acusações entre os dois parlamentares. Em 2021, Cattani provocou revolta ao comparar mulheres a vacas durante uma sessão da ALMT. À época, Maysa foi uma das vozes mais críticas às declarações do deputado.

Já o presidente da Casa de Leis estadual disse que a vereadora faltou com a verdade ao negar que não sabia que a garota era menor e exibiu o vídeo em que Maysa à parabeniza pela coragem. “Essa exposição realmente nos preocupa bastante. Faltou com a verdade, inclusive na explicação. Talvez seria muito mais louvável se tivesse falado na imprensa que cometeu um erro e serve de alerta para que a gente possa tomar cuidado com isso”, alertou Russi. 

Assim como o colega Cattani, Max já teve um “desentendimento” com Maysa. Em 2022, quando, enquanto candidata a deputada estadual pelo Republicanos, Maysa foi numa coletiva de imprensa da médica Natasha Slhessarenko, ainda filiada ao PSB – no momento ela está no PSD – para prestar “apoio moral” à pediatra que anunciou sua desistência de disputar qualquer cargo na eleição de outubro. 

À ocasião, Maysa argumentou que representava um coletivo de mulheres e por isso saiu em defesa de Natasha. Ela alegou que a médica foi vítima de machismo, mas não queria usar tal expressão para não ser taxada de “mimizenta”. Segundo ela, a chegada do PSB gerou toda a celeuma e derrubou a candidatura da médica. À época, Russi presidia o partido no estado e rebateu Leão. Segundo ele, falar é fácil, mas agir e mostrar ação na prática é outra história, pois conforme ponderou o parlamentar, Maysa não quis estar ao lado da médica na mesma legenda.

Leave a Reply

Your email address will not be published.