
Pré-candidata ao Governo de Mato Grosso, a médica e empresária Natasha Slhessarenko (PSD) tem buscado construir uma identidade política independente, apesar de carregar um sobrenome historicamente forte no Estado. Filha da ex-senadora e ex-deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores, Serys Slhessarenko, a social-democrata afirma que deseja trilhar seu próprio caminho, longe das amarras familiares e, principalmente, distante da polarização ideológica entre direita e esquerda.
Ao comentar o atual cenário político, durante entrevista ao Jornal de Meio-Dia, da TV Vila Real, a pré-candidata destacou que seu foco está nas demandas reais da população e não na guerra de narrativas que domina o debate nacional. “Não é fórmula. É ser verdadeira, olhar no olho da pessoa e perguntar: qual é a sua necessidade? O que te dói?”, afirmou. “Essa discussão de extremos é muito ruim e não leva a lugar nenhum. A gente já percebeu isso. Polarização, radicalização é muito ruim”, afirmou nesta quarta-feira (26).
Natasha lembrou que o PSD, partido ao qual é filiada, é reconhecido por se posicionar ao centro e buscar diálogo amplo. Ela citou exemplos nacionais como o presidente da sigla, Gilberto Kassab, que é aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o fato do partido ocupar três ministérios no governo Lula (PT).
Em Mato Grosso, ela destacou nomes como o ministro da Agricultura e senador licenciado, Carlos Fávaro (PSD), e o deputado estadual e ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos. “Eu sou de um partido de centro. Um partido que quer coalizão, que quer diálogo. E isso faz sentido para mim”, declarou.
Natasha reforçou sua trajetória fora da política, afirmando que sua vivência como empresária de sucesso também molda sua visão administrativa.“Eu defendo a iniciativa privada e emprego centenas de pessoas. Mas, ao mesmo tempo, corre nas minhas veias a justiça social, o combate à desigualdade”, afirmou, tentando equilibrar discurso econômico e sensibilidade social.
Mesmo defendendo sua própria identidade, Natasha não esconde o orgulho da trajetória da mãe. Ela citou Serys Slhessarenko como referência e destacou um dos principais marcos do mandato da ex-senadora: a lei que instituiu a delação premiada no Brasil. “Eu nasci num berço político. Minha mãe foi senadora e meu pai é um cidadão anistiado. Tenho muito orgulho da minha mãe por todo o trabalho que ela fez a favor do Brasil. O maior legado de Serys é a lei da delação premiada. Infelizmente, muitas vezes essa colaboração premiada tem um cunho mais político do que técnico”, analisou.
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