O vereador Marcos Paccola (Republicanos) afirmou que não esperava que colegas da Câmara Municipal explorassem politicamente o episódio da morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, em Cuiabá.
Ele matou o agente com três tiros, na última sexta-feira (1), após uma confusão envolvendo também sua mulher.
A vereadora Edna Sampaio (PT) anunciou que irá pedir o afastamento imediato de Paccola do mandato e também sua cassação por quebra de decoro.
“Sempre fui muito respeitoso dentro da Casa, esperava que não fossem utilizar essa situação, uma tragédia, para cunho político”, afirmou Paccola, que é pré-candidato a deputado estadual.
“Não é uma questão de direita ou esquerda, Lula ou Bolsonaro, eu não atuei como vereador, atuei como policial. Respeito a decisão dela, a Comissão de Ética vai fazer a avaliação e não tenho preocupação em relação a isso’, acrescentou.
Em conversa com a imprensa, Paccola afirmou que seu interesse é “trazer a verdade à tona” e evitar que usem o caso para “se promover e capitalizar politicamente”.
“Quero acompanhar de perto essas investigações e eu, mais do que ninguém, faço questão que toda a verdade venha à tona. Que possamos esclarecer para que a gente reduza essa taxa de condenação precipitada e o uso político de uma situação extremamente complicada e pesada para se viver”, disse.
Afastamento
Paccola ainda disse que está avaliando a possibilidade de pedir afastamento da Câmara, mas afirmou que só vai tomar uma decisão definitiva após conversar com sua família e ouvir seu advogado.
A respeito de uma possível desistência de sua pré-candidatura a deputado estadual, o vereador alegou que ainda é cedo para falar sobre o assunto e que, por enquanto, vai focar no andamento das investigações.
Agente morto
Alexandre foi assassinado na noite de sexta-feira (1º) por volta das 20 horas, em uma rua atrás do restaurante Choppão, em Cuiabá.
Paccola efetuou três disparos contra o agente, em meio a uma confusão depois que a esposa de Miyagawa entrou com seu carro pela contramão, na rua Presidente Artur Bernardes.
O vereador afirmou que presenciou a confusão e só resolveu atirar em Alexandre quando, segundo Paccola, o agente apontou a arma para sua esposa. Após ser baleado o agente morreu ainda no local.
A versão do vereador foi contestada pela viúva Janaina Sá, que relatou ao MidiaNews que a arma do marido estava presa na cintura e que Paccola teria atirado para matar.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Fonte: Mídia News
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