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Neri critica PL de Wellington e lembra influência do PP junto a Bolsonaro

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Findado o prazo para a janela eleitoral, as articulações do cenário político em Mato Grosso se voltam para os principais pretensos candidatos ao Senado: Wellington Fagundes, que busca a reeleição, e Neri Geller, que quer deixar a Câmara Federal e disputar a senatória. O embate (re)começou nesta segunda (4), quando Neri criticou o PL, partido presidido por Wellington no estado, e enalteceu o PP, que ele mesmo comanda.

Para o deputado federal, a sigla de Jair Bolsonaro, apesar de ter tido um crescimento robusto no período da legislação eleitoral, por conta do presidente, não tem o mesmo perfil que o PP.  “O nosso partido cresceu e não só em quantidade, mas em quantidade. O PP é um partido orgânico, coeso, tem força no Congresso Nacional, na Câmara e na Casa Civil”, disse Neri.

“E vocês sabem que essa não é a característica do PL. Houve uma dança aí. O PL não é orgânico e nem tão organizado quanto o nosso partido. Aqui no estado houve isso”, completou o parlamentar, durante a posse dos novos secretários estaduais.

Neri voltou a dizer que está confiante no apoio do governador Mauro Mendes (União Brasil), com quem diz ter tido e mantido uma relação com diálogo constante e que nunca se rompeu, apesar da aproximação de Mauro junto ao PL, de Wellington. Isso sinaliza uma aliança que pode contrariar o projeto do deputado ao Senado. O próprio Mauro Mendes sempre disse que não firmou acordo com nenhum dos dois e também não fechou portas.

“Calma, calma! Uma coisa de cada vez. Com todo o respeito aos meus adversários, mas a base do governador Mauro Mendes somos nós. Temos quatro meses ainda e as coisas por si só vão acontecer. O diálogo já se retomou, aliás, nunca se interrompeu. A base de sustentação é este grupo ao qual pertenço”, disse Neri. De fato, um grupo de partidos chegou a realizar um ato em defesa da candidatura de Neri ao Senado no final de março, quando tudo indicava que Mauro estava mais próximo de Bolsonaro e Wellington.

Apesar de dizer que não “força a barra”, uma vez que Wellington conseguiu ganhar espaço a partir das articulações que resultaram para a filiação de Jair Bolsonaro ao PL, Neri afirmou que Ciro Nogueira e Arthur Lira, presidente do partido e da Câmara, respectivamente, vão intervir junto a Bolsonaro, para que ele se mantenha “neutro” em relação à disputa pelo Senado em Mato Grosso, já que ambos são da base. “O PP tem força no Congresso Nacional”, lembra Neri.

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