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Oposição foi incapaz de dizer “não” ao populismo eleitoreiro de Jair Bolsonaro

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Por Míriam Leitão

O mais espantoso na votação da PEC eleitoral foi a incapacidade de a oposição defender as leis, os marcos legais em todas as áreas. Ficou prisioneira da demagogia, do oportunismo, do populismo de Jair Bolsonaro.  Alguns parlamentares oposicionistas tentaram obstruir alguns assuntos, mas na hora da votação apenas 17 foram contra.

A oposição não foi capaz de dizer “não” a esta PEC. Não foi capaz de mostrar que ser contra esta proposta não é ser contra os pobres, já que sempre fez política social estruturante. Essa não é estruturante. Essa PEC fere a lei de responsabilidade fiscal, a lei do teto de gastos, mas principalmente a lei eleitoral, que impede que o governante desequilibre a competição eleitoral usando os impostos pagos por todos nós para se favorecer eleitoralmente. E é isso que ele está fazendo na cara de todo mundo.

E esse episódio terá efeitos para além das eleições porque cria precedentes. O que impedirá que  um governante faça esta mesma demagogia na próxima eleição? O governante que estiver no poder vai poder rasgar a lei eleitoral. Estamos numa democracia, o que pressupõe respeito aos marcos legais. O governo Bolsonaro resolveu fazer esta PEC de forma açodada com olho na eleição, porque ele não fez política social em seu mandato. Ele não acredita em política social.

Uma reportagem publicada nesta quinta-feira na ‘Folha de São Paulo’ mostra que a classe média vai sentir mais rápido os efeitos deste pacote eleitoreiro. Ao levar a zero a alíquota sobre combustíveis fósseis, ele já beneficia a classe média, principalmente quem usa carro. A conta de luz reduzida também afeta quem paga mais. Os caminhoneiros autônomos vão receber seis benefícios até o final do ano.

Fonte: O Globo

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