Senadores do PL planejam tornar seus votos públicos na próxima quarta-feira (1º), quando a Casa elege seu próximo presidente. De acordo com o líder da legenda, Carlos Portinho (RJ) a ideia é mostrar unidade da segunda maior bancada e sinalizar força da candidatura de Rogério Marinho (PL).
Há quem defenda, ainda, que outros senadores sejam pressionados a abrir seus votos, como Mecias de Jesus (Republicanos-RR).
Ele vinha sinalizando que prefere reeditar o apoio à reeleição do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como uma forma também de garantir votos do PT ao filho, o deputado federal Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), candidato a ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
Mas em uma articulação para garantir apoio a Marinho, o PL abriu mão de disputar a 1ª vice-presidência da Câmara em favor do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP). Correligionários de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, acreditam que o preço foi alto de mais para correr o risco de defecções.
De modo geral, no entanto, os articuladores do candidato do PL avaliam que o voto secreto tende a beneficiá-lo. Pelos cálculos, eles dependem de traições de quem já firmou compromisso com Pacheco, e por isso o voto secreto os deixaria mais à vontade.
Aliados de Marinho contabilizam ao menos 35 votos, o que inclui senadores de partidos da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A eleição para a presidência do Senado é secreta, feita com o depósito de cédulas em uma urna. O senador pode individualmente, se assim o desejar, expor a sua cédula aos presentes.
Em 2019, o ex-presidente Davi Alcolumbre (União-AP) conseguiu uma reviravolta inesperada quando os parlamentares começaram individualmente a abrir seus votos aos presentes.
Ainda sob o impacto da eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, considerado à época um nome fora da política tradicional, senadores que haviam firmado compromisso com Renan Calheiros (MDB-AL) preferiram não correr o risco do desgaste de se associar a um candidato que enfrentava resistência da opinião pública naquele período.
Diante do risco de derrota, Renan desistiu da disputa. Alcolumbre ganhou com 42 votos.
Fonte: Folha
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