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Por 25 votos contrários e dois a favor, a Câmara Municipal de Cuiabá rejeitou os pedidos de cassação contra o prefeito Abilio Brunini (PL) na sessão desta terça-feira (2). Um foi protocolado pelo diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) e outro pelo ex-vereador Robinson Cireia (PT), que atualmente é suplente. 

Conforme o rito, três parlamentares deveriam “defender” o parecer da Procuradoria-Geral da Casa de Leis e outros três a contrariá-las. Maysa Leão (Republicanos) foi a primeira a rejeitar o pedido, mesmo dizendo que continuará criticando o atual prefeito e fiscalizando sua gestão.

“Muita gente pode pensar que por ser uma vereadora que critica o prefeito, que fiscaliza, certamente será a favor da processante. O prefeito Abilio, goste ou não dele, foi eleito nas urnas pela maioria da população e isso é irrefutável e indiscutível, não discuto urna nem escolha popular. O que foi apresentado foi um ato que pode ser corrigido, que deve pedir desculpa, mas não é passível de cassação. Posso não concordar com ele, mas devo ser justa com ele e sendo justa com o eleitorado dele o peso de uma cassação é desequilibrado”, afirmou. 

Daniel Monteiro (Republicanos), que já trocou farpas com Abilio, também o defendeu. “Embora os fatos praticados por Abilio é preciso entender que a legitimidade dada pelo voto popular é inegociável. Há um princípio chamado razoabilidade para que não julguemos da mesma forma aqueles que violam por exemplo a liturgia do cargo com aquele que comete ato de corrupção. Se eu cassar um prefeito por ter feito um vídeo infeliz com crianças, que remédio jurídico terei com quem comete ato de corrupção? Jogar em praça pública? Abilio merece respeito, hoje se trata de julgamento do prefeito e não da pessoa Abilio”, opinou.

Por fim, Demilson Nogueira (PP) foi mais breve e disse que o Parlamento tem que se preocupar com Cuiabá e não com brigas ideológicas. “Não é razoável esse pedido. Os subscritores do pedido são professores e devem ajudar a corrigir. não podemos viver nessa Casa com essa ideologia de direita versus esquerda. Nós temos que pensar Cuiabá, precisamos muito de nós”, ponderou. 

Único a defender a cassação do prefeito, Jefferson Siqueira (PSD) se manifestou. “Não ficaremos surpresos se até o final deste ano a Câmara ter a maioria como oposição. Quem espalha o viés ideológico em Cuiabá é o próprio Abilio. Há sim legalidade, é fato que o prefeito precisa aprender a respeitar o cidadão cuiabano, adolescente, crianças, adultos, ele deve ser exemplo para a capital e não fazer de suas falas irônicas instrumento de banalização”, disparou. 

Rejeitado, o pedido foi arquivado pela presidente Paula Calil (PL). 

VEJA VOTOS

Adevair Cabral – Não

Alex Rodrigues – Não

Baixinha Giraldelli – Não

Cezinha Nascimento – Não

Dra. Mara – Não 

Daniel Monteiro – Não

Demilson Nogueira – Não

Didimo Vovô – Sim

Dilemário Alencar – Não

Eduardo Magalhães – Não

Fellipe Corre – Não

Gustavo Padilha – Não

Jean Barros – Não

Jefferson Siqueira – Sim

Kassio Coelho – Não

Katiuscia Mantelli – Não

Marcrean Santos – Não

Marcos Britto – Não 

Maysa Leão – Não

Mario Nadaff – Não

Michelly Alencar – Não

Paula Calil – Não

Rafael Ranalli – Não

Renivaldo Nascimento – Não 

Samantha Iris – Não

Tenente Coronel Dias – Não

Wilson Kero Kero – Não

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