Após o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) acenar “bandeira branca”, foi a vez do governador Mauro Mendes (União) insinuar trégua pós-eleição. O governador pontua que a relação entre os dois será em prol do Estado de Mato Grosso.
“Ele [Fávaro] é ministro e eu sou governador, nós vamos interfacear em coisas comuns e nunca deixarei de colocar o interesse da minha população, do meu estado, em primeiro plano em função de qualquer problema que eu possa ter com qualquer ator político”, disse o governador nesta quarta-feira (4) ao ser questionado sobre o assunto.
Mendes diz que já teve divergências com outras pessoas, mas que nunca colocou o seu interesse à frente da política. Ele ainda diz que poderá, sim, fazer críticas ao governo Lula, assim como elogios, e que também está apto a receber críticas. A declaração de Mendes sinaliza para um retorno de diálogo com Carlos Fávaro, que, desde as eleições do ano passado, havia sido desfeito por conta da divergência política.
Enquanto Mauro Mendes procurou se aliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), visando os votos dos bolsonaristas, Carlos Fávaro subiu no palanque do presidente Lula, e, consequentemente, ao lado da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), que é esposa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), inimigo político do governador.
O ministro disse, logo após sua posse, que as eleições terminaram e que ele estará à disposição do governador e do seu secretariado para ajudar, seja nas políticas da agricultura, como também na relação com o governo Lula.
Durante a campanha, Mendes chegou a falar em ingratidão de Carlos Fávaro, já que ele o apoiou nas eleições de 2018 e de 2020, quando foi eleito senador na eleição suplementar. Fávaro rebateu, dizendo ser grato, mas que também apoiou Mendes em 2028, e que em 2020, chegou a colocar o PSD de Cuiabá, no palanque do candidato do governador, mesmo ele sendo do Patriota, partido que tinha uma candidata ao Senado contra ele.
A tendência é que Mauro e Fávaro retomem o diálogo, tendo em vista que o ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), tem ambos como afilhados políticos, e busca a reaproximação dos dois, inclusive, visando as eleições de 2026.
Fonte: Gazeta Digital
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