“Precisamos construir alianças; eleição de Lula não será fácil”

A aliança da sigla com agro é construída para minimizar a rejeição do setor com a candidatura à presidência da República de Lula (PT). As pesquisas eleitorais realizadas durante a pré-campanha apontam que o petista perderia a disputa em Mato Grosso, que tem como preferido o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Barranco, a aproximação da sigla de esquerda com o agronegócio foi capitaneada pelo próprio Lula e a presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann. Assim, teve a anuência da maioria dos correligionários do PT em Mato Grosso.

“É importante destacar que não é uma construção isolada nossa, e vem primeiro por iniciativa do presidente Lula, da presidenta Gleisi, em consonância conosco. Temos nos falado todos os dias. E todas as nossas impressões temos passado para eles, e eles têm nos orientado”, afirmou.

Segundo o dirigente petista, os filiados que não concordam com a aproximação “destoam” do principal objetivo do partido que é viabilizar Lula de volta à presidência do País.

“Portanto, quem destoa disso não está com presidente Lula. Não está compreendendo que o maior objetivo nosso é vencer as eleições para a Presidência da República, que não será fácil”, disse.

“Não será fácil derrotar o Bolsonaro. Provavelmente será no segundo turno. Tudo indica que será no segundo turno. Então, precisamos construir alianças”, emendou.

No mês passado, representantes da Federação Brasil de Esperança (PT, PV e PCdoB) se encontraram com o ex-presidente e anunciaram apoio à pré-candidatura ao senado de Neri Geller (PP).

A aliança, no entanto, não foi bem recebida por uma ala da sigla, pois Neri se posicionou favorável a pautas no Congresso Nacional defendidas por Bolsonaro. Barranco, no entanto, minimizou a desavença.

“Com relação ao Neri ter estado com Bolsonaro e agora conosco é uma vantagem grande para nós. Temos que comemorar: tirar alguém de lá e trazer para cá, e queremos trazer outros”, afirmou.

Fonte: Mídia News