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Autor da lei que proíbe atletas transexuais disputar competições femininas em Cuiabá e dois projetos de leis que querem proibir a participação de crianças e adolescentes e o uso de símbolos cristãos em Paradas do Orgulho LGBTQIA+ na Capital, o vereador Rafael Ranalli (PL) disse que uma eventual ida da deputada estadual Janaína Riva (MDB) ao PL iria angariar votos desse público aos bolsonaristas em 2026.

Não é segredo que Ranalli não esconde de ninguém sua admiração pela deputada, inclusive porque ela, durante a campanha eleitoral de 2024, postou vídeo pedindo votos para o bolsonarista. A ‘retribuição’ ocorre em meio às críticas do prefeito Abilio Brunini (PL) em relação a uma aliança do PL com o MDB – partido que segundo ele é de “esquerda”.

Nesta semana, Ranalli defendeu que a parlamentar se filiasse à sigla bolsonarista e que dispute o Governo do Estado no lugar do sogro, senador Wellington Fagundes (PL). Nesta quarta-feira (18) ele foi além e declarou que a entrada de Riva ao PL traria votos de mulheres e da comunidade LGBTQIAP+, cuja causa ela defende.

“Admiro a Janaína enquanto política, ela agregaria públicos que o bolsonarismo, que o nosso lado não tem. Mais mulheres, até mesmo o público LGBT, que acende muito. Então, você quebraria alguns estigmas aí. Mas, é lógico que [isso só seria possível] com ela filiando aqui no PL”, disse ao Jornal de Meio-Dia, da TV Vila Real.

Chama atenção o fato que Ranalli, além de autor da lei 7.344/2025 que estabelece que o sexo biológico será o único critério para a organização das equipes quanto ao gênero dos competidores, proibindo, assim, a atuação de atletas transgênero em equipes do sexo oposto.

Além disso, ele apresentou projetos de lei que visam proibir o uso de símbolos cristãos em eventos públicos de celebração ou visibilidade LGBTQIAP+ e a participação de crianças e adolescentes na Parada do Orgulho. O primeiro Ranalli prevê multa de R$ 50 mil por símbolo cristão (Bíblia Sagrada, o crucifixo, o terço, imagens sacras e demais elementos associados à fé cristã) utilizado no evento, no caso de reincidência.

Já o segundo, o bolsonarista propõe multa no valor de R$10 mil aos organizadores do evento e R$5 mil aos responsáveis pela criança. “A exposição da criança ao evento supracitado é indesejável interferência em sua formação moral, podendo causar profundas lacerações e cicatrizes em sua futura personalidade. a Parada do Orgulho LGBTQIA+ se tornou local de prática de exposição do corpo, com constante imagem de nudez, simulação de atos sexuais e manifestações que resultam em intolerância religiosa”, diz trecho da proposta.

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