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Após duas decisões desfavoráveis na tentativa de obter registro de candidatura, a vereadora cassada Edna Sampaio (PT) mudou de estratégia e pediu para substituir o nome no registro oficial. Quem agora irá representar o ‘mandato compartilhado’ será a militante e ativista Daiely Cristina. A jornalista Neusa Baptista, assessora de Edna, completa o trio. O edital de substituição foi peticionado nesta terça-feira (17) e aguarda decisão da juíza Suzana Guimarães Ribeiro, da 39ª Zona Eleitoral de Cuiabá.

Edna foi cassada pela Câmara Municipal sob acusação de promover um esquema de rachadinha da verba indenizatória com sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu. A servidora teria repassado R$ 20 mil ao esposo de Edna, o servidor estadual William Sampaio, que não tinha nenhuma ligação formal com a Câmara Municipal de Cuiabá. A vereadora teve o mandato cassado pela primeira vez em outubro de 2023, mas conseguiu reverter por meio de uma decisão judicial. Em maio de 2024, a petista foi cassada novamente, e até então não conseguiu reaver o mandato.

Ela tenta disputar o pleito deste ano ‘sub judice’, mas diante de uma segunda decisão desfavorável junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), optou por fazer a substituição do nome principal da candidatura. Em suas redes sociais, Edna anunciou a troca, ao lado de Neuza e Daiely. “Para fortalecer nossa luta e garantir que nossa mensagem chegue a todas as urnas, fizemos uma substituição estratégica. A nossa companheira Day agora assume o nome no registro oficial,mas Edna Sampaio , Day & Neusa seguem juntas nessa batalha. Nada muda! Continuamos nas ruas, nas redes e na luta por direitos, pela diversidade e contra toda forma de opressão”, publicou a ex-parlamentar.

Na prática, é como se nada mudasse, porém todos os dados apresentados pela candidata até o momento são apenas de Edna Sampaio, como certidões criminais na Justiça Estadual e Federal, assim como declaração de bens, no caso um apartamento no valor de R$ 1,5 milhão, bem como sites e redes sociais, todos ligados à ex-vereadora. Caso a justiça acolha o pedido, Daiely terá que apresentar toda a documentação.

Ou seja, caso a estratégia funcione, quem será eleita e ocupará a cadeira na Casa de Leis será Daiely, mas o mandato será tratado como “coletivo”. O edital de substituição foi peticionado nesta terça-feira às 6h46 na Justiça Eleitoral e aguarda o Ministério Público Eleitoral (MPE) dar parecer contrário ou favorável. O Juízo tem o prazo de cinco dias para impugnar o pedido de registro de candidatura.

Ainda em suas redes, o trio afirmou que não irá recuar de forma alguma do pleito. “Viemos trazer uma mensagem sobre nossa caminhada! Vocês sabem da intensa perseguição política que a nossa vereadora Edna Sampaio tem enfrentado na Câmara Municipal de Cuiabá. Cassaram seu mandato duas vezes , tentaram silenciar sua voz e tirar nossa candidatura das urnas, mas nós não vamos nos recuar”.

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