A Polícia Civil de Mato Grosso indiciou o ex-deputado estadual Ulysses Moraes (Podemos) pelo crime de difamação, o que pode resultar em uma pena de três meses a um ano de prisão, além de multa. Ele é suspeito de ter editado um vídeo de forma a ridicularizar uma eleitora, que estava em uma praça de Cuiabá, e se declarou apoiadora do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A vítima A.D.S.G.N. registrou um boletim de ocorrência, afirmando que em setembro deste ano, no centro de Cuiabá, foi abordada pelo ex-deputado. Ulysses Moraes a entrevistou, fazendo uma série de perguntas de cunho político e questionando se ela votou em Lula na eleição. Como respondeu que sim, o vídeo então foi editado de forma que parecesse que a mulher fosse ‘pouco inteligente’.
As imagens foram publicadas no Instagram do ex-parlamentar, que conta com milhares de seguidores, sendo que vários deles passaram a postar mensagens desabonadoras contra a vítima em razão de sua preferência política. A mulher então representou criminalmente contra Ulysses Moraes, junto à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá. O fato foi confirmado em um relatório elaborado pela Polícia Civil.
“Relativo ao crime de difamação, é possível constatar que o suspeito Ulysses editou o vídeo de modo a ridicularizar a Sra A., expondo a mesma em um ambiente virtual onde a hostilidade já era aguardada, devido ao perfil dos seguidores e reações a postagens anteriores, devendo-se perquirir a respeito da adequação da situação ao artigo 139 do Código Penal”, diz trecho do relatório.
Por conta do episódio, Ulysses Moraes foi indiciado e pode responder criminalmente por difamação. Os autos estão atualmente com o Ministério Público de Mato Grosso, que decidirá se oferece ou não denúncia contra o ex-deputado.
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