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Emanuel acusa Neri de boicotar Cuiabá e vê disputa “ridícula” com WF por Mauro

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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não gostou da presença do deputado federal e pré-candidato ao Senado, Neri Geller (PP-MT), na comitiva de políticos e autoridades de Mato Grosso que “visitou” o Tribunal de Contas da União (TCU), na última terça-feira (10). O grupo fez lobby para “destravar” as obras do Bus Rapid Transit (BRT), suspensas pelo TCU em razão de supostas irregularidades e falta de transparência do projeto, encampado pelo Governo do Estado.

Emanuel Pinheiro, adversário do governador Mauro Mendes (União Brasil), é contra a iniciativa e determinou que a prefeitura da Capital ingressasse com um processo no TCU questionando as obras. A Corte de Contas atendeu ao pedido, “travando” o projeto do sistema de transporte que deve atender as cidades de Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana.

Em declaração a jornalistas na tarde desta sexta-feira (13), Pinheiro não poupou críticas a Neri. Ele chamou de “ridícula” e “atabalhoada” a atitude do deputado federal – que ainda tenta viabilizar uma candidatura ao Senado na chapa de Mauro Mendes.

O BRT, meio de transporte realizado por ônibus de alta tecnologia e capacidade de passageiros, foi a solução encontrada pelo governador Mauro Mendes para dar fim a novela das inacabadas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Emanuel, no entanto, defende a retomada e conclusão do VLT.

“O Neri está se distanciando muito de mim porque ele está se distanciando de Cuiabá. A presença dele, ao lado do governador Mauro Mendes, de forma ‘atabalhoada’, de forma ridícula. Ridícula porque não me consultou, e o prefeito da Capital sou eu”, disparou Pinheiro.

A comitiva que se dirigiu ao TCU na última terça-feira tentou “defender” a iniciativa do projeto ao Ministro Aroldo Cedraz, que suspendeu os procedimentos administrativos referentes ao BRT. No dia seguinte, quarta-feira (11), o Pleno da Corte de Contas manteve a decisão, impondo uma derrota à Mendes.

Neste sentido, Emanuel Pinheiro declarou que Neri Geller está “jogando contra” Cuiabá, demonstrando o isolamento do parlamentar, que há menos de 6 meses das eleições, ainda tenta “aglutinar” forças políticas em torno de sua candidatura ao Senado. Nas declarações do prefeito, sobrou até para o adversário virtual de Geller na disputa, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que deve tentar a reeleição em 2022.

“A presença do Neri ali, a presença dele ali, ele que é [pré]candidato ao Senado da República, que é coordenador da bancada, falando em nome do Emauelzinho e de Medeiros. Ele não fala em nome de Emauelzinho e de Medeiros com relação ao modal em Cuiabá e Várzea Grande. Distanciou demais de mim. Quem joga contra Cuiabá joga contra Emanuel Pinheiro. Ele deveria consultar Cuiabá. Para tentar boicotar Cuiabá com o VLT, já bota Neri a quilômetros de distância de mim, como Wellington [Fagundes] já está”.

MENDINGANDO APOIO

“Emabalado” nas críticas ao pepista,  Emanuel também chamou de “ridícula” a disputa que o parlamentar trava com o senador Wellington Fagundes para ser o candidato do grupo governista ao Senado. Segundo ele, os pré-candidatos não tratam de programas ou projetos para definirem os apoios.

“Qual a proposta está sendo discutida ali, qual programa, qual a pauta de propostas para Mato Grosso que está sendo debatida ali para buscar o apoio”, questionou.

O prefeito, contudo, poupou um dos principais incentivadores de Geller na disputa ao Senado: o ex-governador e ex-ministro Blairo Maggi (PP). “Blairo é um grande nome, grande liderança. Uma das maiores lideranças do Estado e do Brasil, só que quem boicota Cuiabá, compra briga com Emanuel Pinheiro e com a gestão Emanuel Pinheiro”, observou.

Da mesma forma, “aliviou” para o senador Jayme Campos (União Brasil), que esteve na comitiva mato-grossense no TCU. “A gente se falou e ele já se manifestou a favor do VLT”, assegurou.

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