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Mendes admite ineficiência e defende medidas mais duras no combate a crimes ambientais

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Mesmo diante de fortes críticas de deputados e do setor produtivo, o governador Mauro Mendes (União) reforçou que o confisco de propriedades é a maneira mais eficiente para frear o desmatamento ilegal, que ocorre em Mato Grosso e outros estados Brasileiros.

Em áudio encaminhado ao presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, no fim da tarde desta quarta-feira (16), o chefe do Executivo reconheceu que as medidas atualmente adotadas pelo Estado não estão sendo suficientes para conter os crimes ambientais, principalmente na Amazônia Legal mato-grossense.

“Eu sei que as pessoas se assustam no primeiro momento, porque qualquer ideia nova ou disruptiva causa certa incompreensão. Eu tenho estudado isso muito, ouvido muito aqui na COP e vocês sabem que eu sou tudo, menos doido. A forma de atacar isso com os mecanismos que nós temos hoje não estão resolvendo o problema e isso está trazendo graves consequências para todos nós”, disse ao se referir ao sistemas de multas.

Mais cedo, Mendes propôs na 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 27) no Egito, a criação de uma “pena de confisco e perda de bens” a quem praticar desmatamento ilegal.

Apesar da ideia não ter sido bem recebida, o gestor afirmou que existe uma pressão mundial  sobre o tema que poderá trazer sérios impactos ao estado e ao Brasil, principalmente diante da possibilidade de sansões comerciais contra o agronegócio.

“Vai ter embargo, restrição na carne, na soja, no milho e nos produtos do agro brasileiro. Essa pressão contra o desmatamento está aumentando cada vez mais. A Europa está aprovando aqui, com seus parlamentos, a proibição de compra de qualquer produto no Brasil ou florestas tropicais que venha de área de desmatamento, independe se for legal ou ilegal. A reação internacional está aumento e vai chegar a um ponto que eles vão conseguir impor isso ao Brasil”, acrescentou.

Na gravação Mendes ainda exemplifica que o Brasil e o estado são mal vistos pelos ambientalista por conta de uma pequena porcentagem que insiste em ignorar as leis de conservação. “99% das pessoas fazem a coisa correta, mas olha o prejuízo que 1% que não faz está dando para nós. Está afetando a imagem do Brasil, do agro”, disse.

Ao final, o chefe do Executivo reafirma a necessidade de o Congresso Nacional aprovar uma punição mais dura para conter definitivamente os infratores. “Precisamos mudar isso rapidamente ou o mundo vai impor. Ai o dano e o prejuízo vai ser maior. Espero que as pessoas e o Congresso Nacional entendam isso, porque tem que ser uma PEC e não uma decisão do governo de Mato Grosso. Penas muito duras as pessoas cumprem e têm medo”, finalizou.

Ouça:

 

Fonte: Gazeta Digital

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